#MEUCABELOMINHAHISTORIA

9.7.18

Este post faz parte do projeto #MeuCabeloMinhaHistoria, criado por mim para que outras pessoas possam compartilhar a história de seus cabelos e também acompanhar as histórias de outras pessoas, a fim de que isto possa de alguma forma contribuir para o aumento da autoestima e autoaceitação das pessoas pelo próprio cabelo, seja ele como for.
Desde criança até os meus 16/17 anos a única coisa que eu sabia sobre o meu cabelo é que ele era grosso, liso, preto e que crescia muito rápido, nada mais do que isto. Devido a este rápido crescimento, eu sempre tive o costume de cortá-lo a cada 20 dias (mais ou menos), evitando assim com que as laterais ganhassem comprimento e mantendo a parte superior no tamanho ideal para o topete. 

 Em um determinado período do ano passado, por questões financeiras, eu tive que adiar meu corte de cabelo um pouco mais do que o convencional, e foi só com o ganho de comprimento que eu descobri que na verdade meu cabelo não era liso, afinal de contas, ele estava crescendo e algumas ondas estavam surgindo. Neste momento eu passei a fazer muitas pesquisas na internet sobre cabelo ondulado, procurando por inspirações de cortes e também por maneiras de cuidar. Sim, no primeiro momento eu realmente acreditei que meu cabelo era ondulado.

 O tempo foi passando e, agora que eu havia descoberto algo completamente novo, decidi não cortar mais a parte superior, deixando com que os fios ganhassem comprimento para que as ondas se definissem ainda mais. Imaginem qual foi a minha surpresa ao, algumas semanas depois, descobrir que as ondas estavam se tornando em cachos completamente desengonçados e rebeldes. Naquele momento eu me senti completamente perdido.

 Felizmente eu não tive o instinto que muitos tiveram em negar os próprios cachos e optar por métodos de alisamento, e isto graças ao grande BUM! que tiveram os cachos dentro da mídia, agora aparecendo em comerciais de televisão, em campanhas publicitárias e, mais à frente, nas redes sociais. No fim das contas, é sobre isto que falamos quando discutimos a representatividade, é sobre conseguirmos nos enxergar nos comerciais de TV, nas novelas, no cinema, nas universidades, nas câmaras municipais... e com isto eu não estou dizendo que conquistamos tudo aquilo que tínhamos para conquistar, (na verdade estamos bem longe disto) mas sim que é importante mostrarmos, principalmente às crianças, outras imagens que não sejam somente a menina branca de olhos azuis e cabelo liso ou o menino branco com o topete perfeitamente penteado.

 VOLTANDO AO MEU CABELO... Eis que ele foi crescendo, crescendo, crescendo, até que atingiu um ponto que me agrada bastante, onde a parte superior fica bastante cacheada e as laterais eu corto. É verdade que eu estou sempre pensando em mudar o corte, mas ainda assim gosto bastante da forma na qual ele se encontra hoje.

 O mais engraçado de todo esse processo é que antes eu não era nem um pouco vaidoso com relação ao meu cabelo, mas hoje ele é basicamente o que define a minha autoestima diária, pois eu só me sinto bonito quando acho que ele está bonito. Eu posso vestir as melhores peças do meu guarda-roupa, mas se eu achar que meu cabelo não está legal ao meu ver eu estarei a pessoa mais horrorosa do universo. Eu sei que isto não é certo, e é por isto que estou tentando, aos poucos, desconstruir o meu olhar sobre o meu próprio cabelo, até porque recentemente tive contato com estudos que falam sobre o quanto o nosso cabelo representa o nosso estado de espírito, e por incrível que pareça eu consegui notar isto no decorrer nos meus dias.

 Por último eu só tenho a dizer que eu amo o meu cabelo. Nem sempre ele é fácil de se lidar, está sempre com Frizz,  precisando de uma hidratação, não pode pegar vento... mas enfim, é o meu cabelo, que por sinal reflete muito da metamorfose ambulante que eu sou.

 E você, qual é a história do seu cabelo? O que ele diz sobre você? Compartilhe usando a #MeuCabeloMinhaHistoria no Instagram. Vale produzir uma mega retrospectiva ou simplesmente publicar uma selfie. É a sua história, e nela você quem manda!

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2 comentários

  1. Oi Gu
    Em resumo bem resumido, a história com meu cabelo é triste. Ele é ondulado quase cacheado, muito volumoso e a treva pra cuidar. Durante a infância e adolescência, penteava eles feito louca esperando que eles se aquietassem, até que com 17 anos, alisei ele. Super prático pra cuidar, lindo, perfeito. Mas acabou com meu cabelo e eu me sentia estranha com ele. Ai, com o tempo, fui deixando sair a química. Mas ainda não sabia cuidar dele. Até que minha irmã virou a maníaca da hidratação e eu descobri os milagres que ela fazia na minha jubinha. Hoje, eu amo o meu cabelo assim. Ainda é volumoso, cheio de friz e uma bagunça sem fim, mas eu me vejo tanto nele.

    Vidas em Preto e Branco

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    Respostas
    1. Oi Lary,
      Muito obrigado por compartilhar sua história capilar comigo, fiquei mega feliz em saber que hoje você passou por isto e adora seu cabelo do jeitinho que ele é. Acho isso mega importante, entende?

      Amei te ver por aqui, volte sempre que quiser <3

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