Título: O que há de estranho em mim
Autor (a): Gayle Forman
Editora: Arqueiro
Páginas: 214
Gênero: Young Adult
ISBN: 9788580414806
O livro conta a história de Brit, uma garota cheia de problemas adolescentes como qualquer outra. Seu maior problema é a perda de sua mãe, algo que ainda a atormenta, principalmente pelo fato de que seu pai não é o mesmo homem de quando sua mãe estava presente, agora ele é um homem de mente fraca e facilmente influenciado por sua nova mulher, a Monstra, como Brit a chama.
A trama realmente começa quando em uma viagem para o Grand Canyon, o pai de Brit a leva para um reformatório, que é um lugar terrível mas que na verdade ele acredita ser uma escola especializada em tratar adolescentes problemáticos. Lá dentro Brit terá que aprender não somente a viver sem seu pai e longe de sua paixão, Jed, mas também aprender a lidar com seus fantasmas interiores e se auto descobrir.
Sua sorte nesta aventura toda é que ela não ficará sozinha, pois no Red Rock, o reformatório, ela encontrará pessoas que se tornarão mais do que amigas, mas irmãs. Com isso Brit, V, Bebe, Martha e Cassie aprenderão diversas coisas umas com as outras e juntas descobrirão o mais importante de tudo, que eles estão lá não porque elas são as problemáticas, mas porque seus próprios pais não têm a capacidade de compreende-las.
Eu terminei de ler este livro já tem alguns dias e eu continuo com a sensação de que eu não vou conseguir criar um texto crítico digno deste livro, pois sinto que não tenho um vocabulário tão amplo para debater sobre alguns assuntos citados aqui nesta história, mas vamos lá, vamos tentar.
Primeiramente é preciso deixar bem claro que a Brit é a protagonista na qual todos os autores deveriam se inspirarem para escrever suas protagonistas. Ela não é uma personagem com características adolescentes, ela é uma adolescente de verdade. É uma adolescente que como todos, passa por seus dramas internos, é incompreendida, é apaixonada por alguém, tem problemas com a escola, tem amigos, gosta de músicas, gosta de viagens, tem problemas com a madrasta, enfim, ela é uma adolescente real.
O auge do livro não é a relação da Brit com seu pai, a relação dela com sua mãe, o Red Rock, nem mesmo sua grande paixão, o Jed, mas sim a amizade que é criada e desenvolvida entre ela e suas novas amigas, algo extremamente real para o leitor e que consegue passar uma confiança, algo que você não olha e pensa "nunca existiriam diálogos assim entre eu e minhas amigas", mas sim "essas são eu e minhas amigas conversando", entendem? Muitas vezes quando eu leio um livro que nos apresentam uma amizade, eu sinto que a amizade é algo forçado, e na maioria das vezes eu não consigo me enxergar com meus amigos em situações como aquelas, falando coisas como aquelas e tento atitudes como aquelas. Mas neste livro é tudo muito diferente, a amizade delas é realmente verdadeira e acima de tudo, gostosa de se acompanhar.
A última coisa que eu queria muito comentar aqui é como as pessoas julgam os adolescentes através da imagem de seus pais. No livro uma questão muito abordada é a loucura da mãe de Brit, que acabou fugindo e desapareceu por completo. E é muito interessante de ver como toda a imagem refletida de sua mãe nela influencia sua vida, pois é como se as pessoas esperassem que ela fosse ter um ataque de loucura a qualquer momento. E ai entramos na parte em que muitas vezes os adolescentes seguem o caminho que seus pais seguiram, seja em questão de profissão ou qualquer outra coisa, pela pressão dos pais e da família, o que ao meu ver não é justo, pois querendo ou não o adolescente é facilmente influenciado por aquelas pessoas que são responsáveis por ele, e isso as vezes pode acabar o levando para um caminho que lá na frente ele verá que não é realmente aquilo que ele quer ou que ele precisa seguir para agradar as pessoas. E ai entra a grande mensagem do livro (na minha opinião): você não deve tomar suas atitudes com o objetivo de agradar seus pais ou qualquer outra pessoa, pois lá na frente quem irá seguir com sua vida e ser completamente responsável por ela é você, e você não terá a oportunidade de voltar no tempo para fazer tudo de uma maneira diferente.
O que há de estranho em mim é um livro digno de reconhecimento, trazendo um tema interessante e não muito comum na atualidade de uma forma sutil, leve, e que fará os adolescentes e demais pessoas se identificarem com os assuntos abordados e se apegarem às incríveis personagens que em suas trajetórias irão te ensinar muito sobre a vida em um geral muito amplo.
Autor (a): Gayle Forman
Editora: Arqueiro
Páginas: 214
Gênero: Young Adult
ISBN: 9788580414806
Sabe aquele livro que mexe com você de uma forma que não só te deixa pensando na história mesmo depois de termina-la, mas como sempre acompanhará você não importa para onde você vá? Então, O que há de estranho em mim teve justamente esse efeito sobre mim.Ao internar a filha numa clínica, o pai de Brit acredita que está ajudando a menina, mas a verdade é que o lugar só lhe faz mal. Aos 16 anos, ela se vê diante de um duvidoso método de terapia, que inclui xingar as outras jovens e dedurar as infrações alheias para ganhar a liberdade. Sem saber em quem confiar e determinada a não cooperar com os conselheiros, Brit se isola. Mas não fica sozinha por muito tempo. Logo outras garotas se unem a ela na resistência àquele modo de vida hostil. V, Bebe, Martha e Cassie se tornam seu oásis em meio ao deserto de opressão. Juntas, as cinco amigas vão em busca de uma forma de desafiar o sistema, mostrar ao mundo que não têm nada de desajustadas e dar fim ao suplício de viver numa instituição que as enlouquece.
O livro conta a história de Brit, uma garota cheia de problemas adolescentes como qualquer outra. Seu maior problema é a perda de sua mãe, algo que ainda a atormenta, principalmente pelo fato de que seu pai não é o mesmo homem de quando sua mãe estava presente, agora ele é um homem de mente fraca e facilmente influenciado por sua nova mulher, a Monstra, como Brit a chama.
A trama realmente começa quando em uma viagem para o Grand Canyon, o pai de Brit a leva para um reformatório, que é um lugar terrível mas que na verdade ele acredita ser uma escola especializada em tratar adolescentes problemáticos. Lá dentro Brit terá que aprender não somente a viver sem seu pai e longe de sua paixão, Jed, mas também aprender a lidar com seus fantasmas interiores e se auto descobrir.
Sua sorte nesta aventura toda é que ela não ficará sozinha, pois no Red Rock, o reformatório, ela encontrará pessoas que se tornarão mais do que amigas, mas irmãs. Com isso Brit, V, Bebe, Martha e Cassie aprenderão diversas coisas umas com as outras e juntas descobrirão o mais importante de tudo, que eles estão lá não porque elas são as problemáticas, mas porque seus próprios pais não têm a capacidade de compreende-las.
Eu terminei de ler este livro já tem alguns dias e eu continuo com a sensação de que eu não vou conseguir criar um texto crítico digno deste livro, pois sinto que não tenho um vocabulário tão amplo para debater sobre alguns assuntos citados aqui nesta história, mas vamos lá, vamos tentar.
Primeiramente é preciso deixar bem claro que a Brit é a protagonista na qual todos os autores deveriam se inspirarem para escrever suas protagonistas. Ela não é uma personagem com características adolescentes, ela é uma adolescente de verdade. É uma adolescente que como todos, passa por seus dramas internos, é incompreendida, é apaixonada por alguém, tem problemas com a escola, tem amigos, gosta de músicas, gosta de viagens, tem problemas com a madrasta, enfim, ela é uma adolescente real.
Só então me dei conta de que devemos valorizar quem se preocupa com a gente. Isso é algo muito especial, que de uma hora para outra pode sumir.Eu não estava esperando nada deste livro, até porque eu não fazia a mínima ideia do que esperar, e confesso que me chocou muito o tema abordado neste livro, pois um dos focos principais é o Red Rock, o reformatório/internato, que vende uma imagem para os pais mas que na verdade são algo completamente diferente para os filhos. E o pior e mais chocante de tudo é que lugares como esses existem, e a Gayle Forman deixa isso bem claro nas suas notas finais, onde ela diz que essa história surgiu através de pesquisar que ela tinha feito sobre lugares assim, que tratam seus pacientes como simples meios de conseguir extrair dinheiro de seus responsáveis, não se preocupando com a saúde física nem mental das pessoas.
O auge do livro não é a relação da Brit com seu pai, a relação dela com sua mãe, o Red Rock, nem mesmo sua grande paixão, o Jed, mas sim a amizade que é criada e desenvolvida entre ela e suas novas amigas, algo extremamente real para o leitor e que consegue passar uma confiança, algo que você não olha e pensa "nunca existiriam diálogos assim entre eu e minhas amigas", mas sim "essas são eu e minhas amigas conversando", entendem? Muitas vezes quando eu leio um livro que nos apresentam uma amizade, eu sinto que a amizade é algo forçado, e na maioria das vezes eu não consigo me enxergar com meus amigos em situações como aquelas, falando coisas como aquelas e tento atitudes como aquelas. Mas neste livro é tudo muito diferente, a amizade delas é realmente verdadeira e acima de tudo, gostosa de se acompanhar.
A única coisa que devemos temer é o próprio medo.Uma coisa que eu preciso comentar nesta resenha é como este livro foi um tapa da Gayle Forman na minha cara por todo este tempo que eu tive preconceito com seus livros pelo simples fato de Se eu ficar ter sido uma grande "modinha" (desculpem-me a expressão). A narrativa dela é fluida, e o principal de tudo, ela consegue extrair a essência do adolescente, ela nos entende e não nos julga pelas nossas atitudes muitas vezes infantis e imaturas.
A última coisa que eu queria muito comentar aqui é como as pessoas julgam os adolescentes através da imagem de seus pais. No livro uma questão muito abordada é a loucura da mãe de Brit, que acabou fugindo e desapareceu por completo. E é muito interessante de ver como toda a imagem refletida de sua mãe nela influencia sua vida, pois é como se as pessoas esperassem que ela fosse ter um ataque de loucura a qualquer momento. E ai entramos na parte em que muitas vezes os adolescentes seguem o caminho que seus pais seguiram, seja em questão de profissão ou qualquer outra coisa, pela pressão dos pais e da família, o que ao meu ver não é justo, pois querendo ou não o adolescente é facilmente influenciado por aquelas pessoas que são responsáveis por ele, e isso as vezes pode acabar o levando para um caminho que lá na frente ele verá que não é realmente aquilo que ele quer ou que ele precisa seguir para agradar as pessoas. E ai entra a grande mensagem do livro (na minha opinião): você não deve tomar suas atitudes com o objetivo de agradar seus pais ou qualquer outra pessoa, pois lá na frente quem irá seguir com sua vida e ser completamente responsável por ela é você, e você não terá a oportunidade de voltar no tempo para fazer tudo de uma maneira diferente.
O que há de estranho em mim é um livro digno de reconhecimento, trazendo um tema interessante e não muito comum na atualidade de uma forma sutil, leve, e que fará os adolescentes e demais pessoas se identificarem com os assuntos abordados e se apegarem às incríveis personagens que em suas trajetórias irão te ensinar muito sobre a vida em um geral muito amplo.
14 comentários
Olá!
ResponderExcluirEu só li um livro da autora que foi Se eu ficar, que achei bem mediano. Desde então tenho receio de ler algo dela, porém a sua resenha me convenceu a dá uma segunda chance. Adorei saber que a Gayle foca muito na amizade, mas principalmente de fazer algo que de fato o leitor consiga se visualizar ali. Adorei as indagações que o livro trás. Fiquei curiosa de verdade!
Beijos
www.lendoeapreciando.com
Oi, Gustavo!
ResponderExcluirEu adoro a escrita de Gayle Forman e me tornei fã dela. De todos os livros lançados aqui no Brasil, o único que não li dela foi esse, mas porque não me senti atraída pela história mesmo.
Talvez eu mude de ideia no futuro, vamos ver.
Beijos!
www.oblogdasan.com
Oi Gustavo tudo bem?
ResponderExcluirÓtima resenha! O que há de estranho em mim será uma das minhas próximas leituras e eu tô bem ansiosa por isso.
Li Eu Estive Aqui da autora e gostei muito, recomendo ele pra você inclusive.
Achei a premissa dessa história bem interessante e tudo que você comentou só me deixou ainda mais ansiosa e cheia de expectativas para esse livro.
Beijos :*
http://www.livrosesonhos.com/
O livro parece bem profundo e interessante e pode trazer mega reflexões. Fiquei curiosa e quero ler! :)
ResponderExcluirBeijoooos
Vichi! Vi vários falando desse livro e até agora não tive a oportunidade de ler.
ResponderExcluirTenho que correr contra o tempo e me deliciar com essa história.
Atenciosamente Um baixinho nos Livros.
Olá,
ResponderExcluirNossa eu nunca li nada desta autora, mas adorei sua resenha, apesar de não me interessar muito pela escrita dela aprecio que lê e quem faz as resenhas, e não se preocupe você soube expor muito bem com um vocabulário incrível o livro. Parabéns.
Beijos
Adorei a resenha e já havia lido o livro e adorei e concordo com tudo o que disse, principalmemte por ser aqueles que cuidam de nós ser o nosso espelho, nosso exemplo! ><
ResponderExcluirAbraços & até!!
lendoferozmente.blogspot.com.br
Oi!
ResponderExcluirConheci o blog agora e adorei! Estou seguindo :)
Essa é a primeira resenho que leio desse livro e fiquei bem interessada. Ainda não li nenhum livro da Gayle, mas tenho Se eu Ficar na estante e fiquei com vontade de conhecer a escrita dessa autora. Esse livro parece ser um pouco pesado e bem reflexivo, espero poder lê-lo. Adorei a sua resenha, mesmo.
Abraços,
Andy - StarBooks
Olá,
ResponderExcluiradorei sua resenha e também o blog. Admito que da Gayle só tenho eu estive aqui, essa obra que postou parece ser boa. www.sagaliteraria.com.br
Olá, já li algumas resenhas dessa obra, e a cada uma delas fico com mais vontade de conferir...
ResponderExcluirParabéns!
Beijokas da Quel ¬¬
Literaleitura
Olá, gostei muito da resenha, esse é um livro que quero muito ler. Achei interessante você tocar nesse assunto da influência dos pais, vejo muitos casos de adolescentes que não recebem o devido apoio das pessoas (os pais) que teoricamente mais deviam amar o filho.
ResponderExcluirpetalasdeliberdade.blogspot.com
Olá, como a sua resenha eu já li varias super positivas desse livro, ele tem um enredo bem legal e trás temas sérios e parece bem trabalhados *-* Espero poder lê-lo em breve e curtir tanto quanto você *-*
ResponderExcluirVisite "Meu Mundo, Meu Estilo"
Oi Gustavo, tudo bem
ResponderExcluirEu já conhecia esse livro das resenhas que li e quando descobri que esses lugares existem fiquei muito triste, eu sempre me surpreendo com pessoas que são capazes de fazer mau ainda mais por dinheiro. Gostei muito de a autora usar seu livro para denunciar essa pratica. Parece ser uma história forte, gostei muito da sua resenha e não vejo a hora de ler.
beijinhos.
cila.
http://cantinhoparaleitura.blogspot.com.br/
Olá,
ResponderExcluirAssim como li alguns comentários por aqui, apenas li Se Eu ficar da autora, e sinceramente não me agradou muito. Não sei se este seria o caso pois pela sua resenha parece ser um livro completamente diferente. Mesmo que o tema não seja inovador, gostei que ela tenha abordado isso de uma visão adolescente.
http://euinsisto.com.br