Autor (a): Sarah Moore Fitzgerald | Editora: Galera Record | Gênero: Infanto Juvenil, Ficção | Páginas: 234 | Skoob
Sabe aquele livro que te cativa do começo ao fim mesmo sem ser algo super elaborado ou revolucionário? Aquela história simples porém tão bem desenvolvida que fica impossível de não amar? De volta a Blackbrick é exatamente esse tipo de livro.
Nesse livro acompanharemos a história de Cosmo, um menino fofo, carismático e completamente apaixonado por seu avô, um homem incrível mas que aos poucos está sendo tirado de todos pelo mal de Alzheimer, uma doença que de pouquinho em pouquinho (ou não) vai tirando todas as suas memórias.
Nossa história realmente começa a tomar seu verdadeira rumo quando em um determinado dia, o avô de Cosmo lhe entrega uma chave e diz para ele ir até Blackbrick, um lugar que, até então, o jovem não faz ideia de que existe e que provavelmente é a única coisa que pode ajudar seu avô a se recuperar. Cosmo, então, irá encontrar este tal lugar e usará a chave que seu avô lhe deu para adentrar em seu terreno. O que ele não espera é que entrando em Blacbrick ele não só se veria em um outro lugar como também em uma outra época. Isso mesmo, Cosmo voltou no tempo, e a primeira pessoa a encontrar quando termina sua viagem é seu avô, só que em uma versão bem mais jovem. Agora que Cosmo se vê longe de casa e de todo o seu conforto ele precisa fazer o possível para que seu avô se torne um homem de memória saudável, para que no futuro ele não tenha que lidar com os mesmos problemas.
Como eu citei no início da resenha, esse livro é a prova de que para um livro ser bom, ele não precisa ter um universo super complexo ou personagens fortes e revolucionários. Sarah Moore se mostra uma ótima autora justamente por saber exatamente onde encaixar cada palavrinha, dando vida não só a uma ótima história como também a um texto belíssimo.
Sem dúvidas o foco desse livro é como a nossa memória é importante e como ela faz de nós quem realmente somos. A luta de Cosmo para que seu avô não sofra desse mal no futuro é algo lindo de se ver, assim como toda a relação entre eles.
Confesso que mesmo sendo um ótimo livro, ele não foi perfeito (mas faltou pouco para chegar lá). Acho que a autora poderia ter desenvolvido um pouco mais a história enquanto Cosmo ainda estava em Blackbrick. Senti falta de mais aventuras e momentos de afeto entre Cosmo e as pessoas daquele lugar.
Mas em controversa com esse pequeno problema, tivemos um outro ponto super positivo, que foi como a autora soube aproveitar a morte do irmão de Cosmo para o desenvolvimento geral da história e das personagens (calma, isso não é spoiler). A forma como esse acontecimento afetou o avô de Cosmo e o próprio Cosmo foi algo muito interessante de se acompanhar, pois vemos as diversas formas de se lidar com a morte de um ente querido.
Acho que com todas essas palavras já deu para perceber que eu adorei esse livro. É um infanto juvenil que fala muito não só sobre essa questão da memória e do mal de Alzheimer como também da relação entre um neto e seu avô, o que para mim foi não só bonito como também muito real.
Sarah Moore está realmente de parabéns pela ótima, singela e delicada história, que além de abordar uma linda relação familiar, ainda consegue juntar elementos fantasiosos como a super cativante viagem no tempo. Um livro mais do que recomendado para todos os leitores que estejam procurando histórias sobre laços familiares.
10 comentários
Oiii, como vai?
ResponderExcluirGente que livro incrível, parece aquelas obras que eu lia na minha infância, eu gostei muito da sua resenha e sobre a volta do futuro, um grande mistério hein. Dica anotada.
Beijinhos
Oiiii
ResponderExcluirNão conhecia esse livro.
Eu gosto de historias que envolvem viagens no tempo e achei bem legal da forma que foi abordada nesse livro. Geralmente criam algo bem complexo quando envolvem esse tema.
Adorei. Vou procurar esse livro para ler, fiquei curiosa.
Beijos
www.sugestoesdelivros.com
Oie, tudo bem? Não imaginava que o livro fosse tão bom quanto parece, na verdade, só me interessei por ele agora lendo sua resenha. No começo torci o nariz mesmo. Mas pelo jeito eu estava errada, né? Vou tentar dar uma chance à ele assim que eu puder.
ResponderExcluirResenha ótima e fotos melhores ainda!
Olá, eu não conhecia o livro, mas gosto da proposta do enredo que pelos seus comentários é um pouco simples porem bem trabalhada *-* Vou anotar a dica e espero lê-lo assim que puder *-*
ResponderExcluirVisite "Meu Mundo, Meu Estilo"
Oie
ResponderExcluirparabéns pela resenha, parece ser um bom livro, amei essa capa e o enredo está legal, que bom que curtiu tanto a leitura, ótima dica
Beijos
http://realityofbooks.blogspot.com.br/
Olá, ainda não conhecia esse livro e quando vi a capa já me encantei, é muito bonita, e pela sua resenha, a história também é linda. Certamente lerei, pois gosto de histórias que tragam relações familiares. Te indiquei para uma tag literária, se quiser responder: http://petalasdeliberdade.blogspot.com.br/2016/07/tag-pokemon.html .
ResponderExcluirGustavo, não sou muito de ler livros que abordem laços familiares, mas gostei muito da história e daria sim uma chance.
ResponderExcluirÉ uma pena que a autora não abordou mais a estadia de Cosmo em Blackbrick.
Lisossomos
Oi. Não conhecia o livro e parece interessante para o público adolescente. Este trecho da resenha, não compreendi bem: "esse livro é a prova de que para um livro ser bom, ele não precisa ter um universo super complexo ou personagens fortes e revolucionários" talvez se você fizesse uma postagem só para falar sobre isso, foi bem legal. Pois fiquei muito curiosa sobre sua perspectiva sobre o assunto.
ResponderExcluirOlá!
ResponderExcluirQue amor.. Serio, eu gosto muito de livros que conta um drama gostosinho assim, eu realmente preciso ler e saber mas sobre essa doença, eu sei o básico, mas nada muito aprofundado.
Oxente, Leitora!
Oi!
ResponderExcluirEu não sabia sobre o que a obra se tratava e parece ser um livro delicado e tocante. No momento eu não o leria mas é um livro que futuramente posso dar uma chance.
Abraços