3 atitudes sustentáveis para adotar hoje

8.9.18
Fotografia de Johny Caspari
 A palavra sustentabilidade tem se mostrado cada vez mais presente em meio às conversas convencionais do dia a dia, deixando de ser algo que só é discutido em reuniões mundiais quando países se reúnem para pensar em alternativas que podem prolongar a vida do nosso planeta. Entretanto, apesar de muitas pessoas falarem sobre o assunto (algo que já é um avanço e que precisa ser celebrado) poucas sabem de fato como contribuírem para um mundo mais sustentável.

 Antes de qualquer coisa, é necessário sabermos que falar sobre sustentabilidade não é apenas falar sobre como salvar a natureza, mas também como salvar todos os seres vivos que habitam este planeta e que estão sofrendo com as consequências de nossas escolhas. Falar sobre sustentabilidade é reconhecer que enquanto continuarmos vendo a natureza apenas como fonte de matéria prima estaremos cometendo o erro que acabará com a vida na Terra.

 Foi pensando em tudo isso e em como não podemos mais prolongar esta irresponsabilidade ambiental, que eu decidi compartilhar com vocês 3 atitudes sustentáveis para adotar hoje, atitudes que podem ser adotadas sem muitos esforços e que podem ajudar a salvar o nosso planeta.


 1. Recuse os canudos e as sacolas plásticas. 
 Vocês não têm noção do quanto um ato tão simples como simplesmente dizer "não, obrigado!" pode ajudar o nosso planeta. Dados comprovam que os canudos representam 4% de todo o lixo plástico do mundo, algo que pode parecer pouco quando apresentado desta forma, mas que ganha uma proporção completamente diferente quando dizemos que só nos EUA são usados e descartados mais de 500 milhões de canudos por dia.

 Além dos canudos, existem também as sacolinhas plásticas que vemos em qualquer esquina por um preço de R$0,00, algo muito preocupante e que deve ser revisto urgentemente. Estima-se que no Brasil mais de 12 bilhões de sacolas são distribuídas anualmente, ou seja, mais de 800 sacolas por pessoa. A pergunta que fica após termos ciência destas informações é: há necessidade de utilizarmos mais de 800 sacolas por ano? E mesma que haja, por que não utilizar alternativas mais sustentáveis?

 Por ser feito de poliestireno, o plástico é um material não biodegradável, podendo levar mais de 1000 anos para se decompor no meio ambiente. O problema do plástico não é que ele não se decompõe, mas sim que nós utilizamos como algo descartável uma coisa que foi feita para durar muitos e muitos anos. Qual o sentido?

 Sendo assim, uma atitude sustentável que podemos adotar é recusar as sacolinhas e os canudos plásticos. Para que isto seja possível, ande sempre com uma bolsa grande (ou uma ecobag), onde possa colocar qualquer coisa que comprar durante o decorrer do dia; ou tenha sempre algumas sacolas de plástico com você, afinal de contas por que adquirir novas sacolas quando já se possui um monte delas em casa? E quanto aos canudos, hoje existem inúmeras alternativas sustentáveis para evitar o uso dos canudinhos plásticos. Você pode comprar canudos de metal, de papel, de bambu, etc, ou pode simplesmente beber o líquido direto no copo ou na lata (lembrando sempre de lavá-la antes).

2. Repita as roupas que você já tem ao invés de adquirir roupas novas.
 Outra prática que precisa ser revista o quanto antes é o consumo excessivo e desenfreado de roupas, utilizando-as como se fossem descartáveis. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e Confecção (ABIT), só na região do bom retiro, em São Paulo, são descartadas diariamente mais de 12 toneladas de resíduos têxteis (retalhos). Isso é muito lixo e só existe nessa quantidade devido à enorme demanda do mercado em produzir novas peças.

 Além disto, a indústria têxtil é a segunda que mais polui o meio ambiente. Processos como o cultivo de algodão e o tingimento das peças, além de contaminar os solos e os rios, gastam uma quantidade enorme de água e também de recursos não renováveis, como o petróleo, que é utilizado para produzir o poliéster.

 Uma forma de contribuir para que este cenário não se mantenha é diminuir o consumo de roupas, visto que quanto maior a demanda maior os impactos que esta indústria causa ao meio ambiente. Para isto, passe a usar ainda mais as roupas que você já possui, experimentando novas combinações e estilos que as vezes nem você conhecia. Permita-se criar e se expressar através da moda, que nada mais é do que uma ferramenta de comunicação.

 E caso você tenha que adquirir novas roupas, saiba de quem você está comprando. Uma forma de conseguir novas peças sem prejudicar o meio ambiente é comprando de brechós e bazares, ou então de marcas Slow Fashion, que prezam por uma produção sustentável e por uma mão de obra justa e devidamente remunerada. Escolhas como essas fazem a diferença!


3. Diminua seu consumo de carne.
 Calma, com "diminua seu consumo de carne" eu não estou dizendo que você deve se tornar vegetariano ou vegano, estou apenas dizendo que você pode consumir a carne animal em quantidades menores. 

 A indústria pecuária é atualmente responsável por 65% do desmatamento da Amazônia e 51% de todas as emissões de gases do efeito estufa, além de representar o uso excessivo de água, visto que 1/3 da água mundial é consumida por esta indústria, seja para o cultivo de grãos que alimentará os animais, ou para o consumo dos próprios animais.

 Quando temos conhecimento destas informações podemos concluir que diminuir/acabar com o consumo de carne não é só um ato de compaixão para com os animais, mas também para com o planeta e nós mesmos, que dependemos de seus recursos para sobrevivermos. Logo, diminuir/acabar com o consumo de carne é uma das atitudes sustentáveis mais eficientes para mudarmos o mercado e a forma como ele se estrutura. Exemplo disso é o enorme crescimento de produtos e alimentos veganos nos últimos tempos, provando que o mercado existe para nos atender, e que se nós mudarmos os nossos ideais e as nossas formas de consumo, ele se adaptará para atender os nossos pedidos.

 Uma alternativa para diminuir o consumo de carne pode ser o projeto Segunda sem Carne, que incentiva as pessoas a não consumirem carne nas segundas-feiras, mostrando assim que é possível adotar uma dieta alimentar sem crueldade animal e ainda descobrir alimentos ricos em sabor e nutrientes. Eu particularmente gosto muito desse projeto porque ele é um primeiro passo muito eficiente para uma mudança, afinal de contas, ninguém vai morrer ou ficar carente de proteína (mito total) se passar um único dia da semana sem comer carne animal.


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 Agora que já temos conhecimento sobre algumas atitudes sustentáveis para adotar hoje, não há mais desculpas para não fazermos a nossa parte. Compartilhe este post com seus amigos e familiares e ajude-nos a disseminar estas informações valiosas e que precisam ser de conhecimento público, afinal de contas, não há mudança sem (re)educação.
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Motivos para se ter um Kindle

13.7.18
 Eu sempre fui avesso à ideia de ter um leitor digital, ou até mesmo de ler livros pelo celular, pois para mim nenhum outro formato de leitura substituiria algo tão mágico quanto um livro físico. Porém, no final do ano passado minha mãe se propôs a me presentear com um Kindle e, apesar de nunca ter simpatizado com a ideia, pesquisei mais sobre as funcionalidades deste aparelho e acabei aceitando.

 Para quem não sabe, "Kindle" é um leitor digital desenvolvido e vendido pela Amazon, empresa multinacional referência em vendas on-line. O aparelho é utilizado para a leitura de e-books de forma prática e confortável, tendo todo o seu espaço de armazenamento exclusivo para comportar inúmeros livros.

 Para utilizá-lo é necessário ter uma conta na Amazon (algo que você pode criar de forma gratuita) e adicionar uma forma de pagamento para os livros que deseja adquirir. Após logar no aparelho você tem acesso à loja, onde é possível pesquisar por qualquer livro que você queira e realizar a compra. Após a finalização da compra o e-book será salvo automaticamente em sua biblioteca e para ler basta selecioná-lo.

 Apesar de vivermos em uma sociedade que não possui o hábito de ler livros, ainda é mais fácil vender um livro físico do que um livro digital. Foi justamente por saber disto que eu escrevi este post com motivos para se ter um Kindle, para mostrar-lhes que esta pode ser uma opção muito viável e vantajosa para muitos de vocês.

Motivos para se ter um Kindle

1. Facilidade para ler no transporte público 

 Esta foi sem dúvidas a primeira vantagem que eu percebi ao adquirir um Kindle. Por ser um aparelho extremamente leve e não muito grande (um pouco maior que um celular e um pouco menor que um tablet) ele acaba sendo uma ótima alternativa para aquelas pessoas que adoram ler no ônibus mas que infelizmente nem sempre conseguem garantir seus assentos. 

 É também muito vantajoso para universitários, que estão constantemente submetidos a rotinas corridas e que precisam transitar de um local para outro a todo momento, tudo isso mantendo as leituras necessárias em dia. 

2. Não prejudica as vistas 

 Esta é uma das qualidades do Kindle muito explorada pela Amazon, inclusive. Diferente do que se é de imaginar inicialmente, o Kindle não possui luz prejudicial às vistas, isto é, para aquelas versões que possuem luz na tela, pois nas versões mais antigas (como o meu) ele sequer possui luz própria. Isto mesmo, se você apagar a luz do ambiente torna-se impossível continuar lendo, igualzinho à um livro físico. 

 O mais interessante sobre isto é que a tela do aparelho possui toda uma estratégia para te fazer ter a sensação de que você está folheando um livro físico. Até as páginas são daquele tom amareladinho que é o favorito da maioria dos leitores.

3. É mais barato

 Apesar do aparelho custar entre R$280 e R$300 em suas versões mais antigas, e R$480 em suas versões mais recentes, este investimento pode retornar ao seu bolso após algum tempo, pois de forma geral os e-books custam bem menos do que as edições físicas.

 É claro que isto não é uma regra, pois já encontrei alguns e-books que são ainda mais caros do que suas versões físicas e outros com preços bem semelhantes, porém na maioria esmagadora dos casos existe uma diferença de no mínimo R$5,00 e no máximo... bom, não tenho esta informação para compartilhar com vocês, porém posso exemplificar com a minha compra de The Hate U Give (traduzido no Brasil como O ódio que você semeia), onde a edição física estava custando R$60,00 e o e-book saiu por R$15,99. Além desse eu também já comprei um e-book de Memórias Póstumas de Brás Cubas por R$1,40 e One of Us is Lying (traduzido no Brasil como Um de nós está mentindo) por R$14,99.

P.S.: Vale lembrar que comprando um e-book não é necessário pagar frete, então você definitivamente acaba gastando bem menos.

4. Economiza papel

 Eu sei que esse motivo para alguns pode não valer de nada, mas de fato precisamos levar em consideração o quanto gasta-se de papel para imprimir inúmeras cópias de um único livro. Acredito que só de fazer uma reflexão rápida sobre o assunto você conseguiu concluir que o número gasto de papel para isto é: MUITOS

 Tirando o fato de que para cada tonelada de papel é necessária de 2 a 3 de madeira para produzi-la, é preciso ainda considerarmos a enorme quantidade de água que se gasta neste processo. Tudo bem que hoje existe uma preocupação com este cenário, e a maioria das madeiras utilizadas são de zonas reflorestadas, porém a utilização desta grande quantidade de água pode afetar de forma efetiva os recursos hídricos de diversas regiões. 

 Com tudo isto eu não estou dizendo que devemos abrir mão de todo e qualquer livro físico, muito pelo contrário, até porque eu acredito que apesar de todos estes benefícios de se ter um leitor digital, ele nunca substituirá a magia que é ter um livro físico em mãos. O que eu quero dizer com isto é que precisamos nos atentar mais ao processo como um todo e perceber que mudanças são necessárias, e a utilização deste aparelho é uma delas.

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#DicaDoGus

 Como eu sei que para muitos de vocês o mais atrativo na utilização do Kindle é o custo benefício, devido aos preços inferiores dos e-books sobre os livros físicos, decidi compartilhar uma dica para aumentar ainda mais e economia de vocês ao adquirir novos livros, que é o CupomValido.

 O CupomValido é um site que reúne promoções e cupons de desconto com o objetivo de ajudar as pessoas a economizarem em suas compras on-line, independente de quais sejam. Ao acessar o site você pode encontrar cupons de descontos dos mais diversos tipos para inúmeras lojas, podendo conseguir descontos surpreendentes (encontrei descontos de R$130 e também cupons de 70% de desconto).

 O melhor de tudo é que não há qualquer perigo ao utilizar o CupomValido, pois eles só disponibilizam o cupom, e a compra é feita normalmente através do site oficial de cada loja. 

Como eu faço para utilizar este serviço?
 Basta acessar o site do CupomValido e selecionar a loja na qual você pretende realizar sua compra (você pode procurar pela loja na lateral direita, onde encontra-se as lojas em ordem alfabética, ou em meio aos logos). 

 Em seguida o site lhe mostrará todos os cupons de descontos e promoções válidas para aquela loja, aos quais você poderá escolher aquele que mais lhe for conveniente (clique aqui para acessar)

 Eu aproveitei para utilizar a Amazon como exemplo justamente para mostrar-lhes que no final das contas um e-book para ser lido no seu Kindle sai bem mais barato do que um livro em sua edição física, pois além do produto já ser efetivamente mais barato, você ainda pode garantir um desconto bem bacana com o CupomValido.

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 Além de dar-lhes alguns motivos para se ter um Kindle, ainda fiz questão de compartilhar com vocês uma mega dica de compras da qual eu tenho certeza que muitos irão usar e abusar (e com toda razão). Que tal aproveitar e compartilhar todas essas dicas com os amigos e familiares? Talvez seja ainda mais útil para alguns deles! 

 Obrigado pela visita!
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#MEUCABELOMINHAHISTORIA

9.7.18
Este post faz parte do projeto #MeuCabeloMinhaHistoria, criado por mim para que outras pessoas possam compartilhar a história de seus cabelos e também acompanhar as histórias de outras pessoas, a fim de que isto possa de alguma forma contribuir para o aumento da autoestima e autoaceitação das pessoas pelo próprio cabelo, seja ele como for.
Desde criança até os meus 16/17 anos a única coisa que eu sabia sobre o meu cabelo é que ele era grosso, liso, preto e que crescia muito rápido, nada mais do que isto. Devido a este rápido crescimento, eu sempre tive o costume de cortá-lo a cada 20 dias (mais ou menos), evitando assim com que as laterais ganhassem comprimento e mantendo a parte superior no tamanho ideal para o topete. 

 Em um determinado período do ano passado, por questões financeiras, eu tive que adiar meu corte de cabelo um pouco mais do que o convencional, e foi só com o ganho de comprimento que eu descobri que na verdade meu cabelo não era liso, afinal de contas, ele estava crescendo e algumas ondas estavam surgindo. Neste momento eu passei a fazer muitas pesquisas na internet sobre cabelo ondulado, procurando por inspirações de cortes e também por maneiras de cuidar. Sim, no primeiro momento eu realmente acreditei que meu cabelo era ondulado.

 O tempo foi passando e, agora que eu havia descoberto algo completamente novo, decidi não cortar mais a parte superior, deixando com que os fios ganhassem comprimento para que as ondas se definissem ainda mais. Imaginem qual foi a minha surpresa ao, algumas semanas depois, descobrir que as ondas estavam se tornando em cachos completamente desengonçados e rebeldes. Naquele momento eu me senti completamente perdido.

 Felizmente eu não tive o instinto que muitos tiveram em negar os próprios cachos e optar por métodos de alisamento, e isto graças ao grande BUM! que tiveram os cachos dentro da mídia, agora aparecendo em comerciais de televisão, em campanhas publicitárias e, mais à frente, nas redes sociais. No fim das contas, é sobre isto que falamos quando discutimos a representatividade, é sobre conseguirmos nos enxergar nos comerciais de TV, nas novelas, no cinema, nas universidades, nas câmaras municipais... e com isto eu não estou dizendo que conquistamos tudo aquilo que tínhamos para conquistar, (na verdade estamos bem longe disto) mas sim que é importante mostrarmos, principalmente às crianças, outras imagens que não sejam somente a menina branca de olhos azuis e cabelo liso ou o menino branco com o topete perfeitamente penteado.

 VOLTANDO AO MEU CABELO... Eis que ele foi crescendo, crescendo, crescendo, até que atingiu um ponto que me agrada bastante, onde a parte superior fica bastante cacheada e as laterais eu corto. É verdade que eu estou sempre pensando em mudar o corte, mas ainda assim gosto bastante da forma na qual ele se encontra hoje.

 O mais engraçado de todo esse processo é que antes eu não era nem um pouco vaidoso com relação ao meu cabelo, mas hoje ele é basicamente o que define a minha autoestima diária, pois eu só me sinto bonito quando acho que ele está bonito. Eu posso vestir as melhores peças do meu guarda-roupa, mas se eu achar que meu cabelo não está legal ao meu ver eu estarei a pessoa mais horrorosa do universo. Eu sei que isto não é certo, e é por isto que estou tentando, aos poucos, desconstruir o meu olhar sobre o meu próprio cabelo, até porque recentemente tive contato com estudos que falam sobre o quanto o nosso cabelo representa o nosso estado de espírito, e por incrível que pareça eu consegui notar isto no decorrer nos meus dias.

 Por último eu só tenho a dizer que eu amo o meu cabelo. Nem sempre ele é fácil de se lidar, está sempre com Frizz,  precisando de uma hidratação, não pode pegar vento... mas enfim, é o meu cabelo, que por sinal reflete muito da metamorfose ambulante que eu sou.

 E você, qual é a história do seu cabelo? O que ele diz sobre você? Compartilhe usando a #MeuCabeloMinhaHistoria no Instagram. Vale produzir uma mega retrospectiva ou simplesmente publicar uma selfie. É a sua história, e nela você quem manda!
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Digital Influencer não é profissão

8.6.18
Fotografia de Lisa Fotios
 Gostaria de iniciar este post dizendo que a nossa conversa de hoje será um pouco grande e, para algumas pessoas, algumas coisas serão difíceis de digerir (em um primeiro momento), porém lembro-lhes que este é um espaço para discussões saudáveis e estou aberto a todo tipo de opinião, desde que saibam expressá-la de maneira respeitosa e racional. 

 Há algum tempo atrás meu amigo Lucas Mendes iniciou em seu Instagram um breve debate muito interessante sobre o título de Digital Influencer e o quanto isto está afetando as pessoas que assim se denominam. Eu parei para refletir sobre o assunto por alguns minutos e logo chamei ele na DM para conversarmos sobre o tema. Eis que após uma longa conversa, nesta semana, quando tive o enorme prazer de conhecê-lo pessoalmente em um café super gostoso, o tema ressurgiu, e mais uma vez compartilhamos nossos pensamentos a respeito.

 A verdade é que Digital Influencer não é profissão. Antes de falarmos efetivamente dos porquês, é necessário compreendermos que existe uma enorme diferença entre Criador de conteúdo digital e Digital Influencer. Criar um conteúdo digital não é algo que acontece da noite para o dia, mas sim uma tarefa que requer todo um processo de pesquisa, estudo, criatividade, execução, análise, etc. Já Digital Influencer é um título dado para aqueles que, devido ao grande reconhecimento profissional que possuem, tornam-se influentes no meio em que estão inserido. Em outras palavras, Criador de conteúdo digital (assim como todas as outras profissões) é causa, e Digital Influencer é consequência.

 Entretanto, o que eu tenho visto ultimamente nas redes sociais (principalmente no Instagram) são pessoas utilizando o termo Digital Influencer como um título profissional, levando outras pessoas a acreditarem que influenciar pessoas pode ser uma profissão, ou pior ainda, a melhor profissão de todas. Não sei se vocês conseguem perceber o quão perigoso este pensamento pode ser, mas a questão é que ninguém deveria sentir-se orgulhoso por tomar como responsabilidade influenciar pessoas.

  Ah Gustavo, mas e aquelas pessoas que não são blogueiras nem youtubers mas que ganham dinheiro simplesmente pelo seu papel de Digital Influencer? Esta não é a profissão delas? Não, estas pessoas são criadoras de conteúdo, a única diferença é que elas não utilizam plataformas como blogs ou o YouTube para exercer suas atividades, porém elas continuam criando conteúdo para marcas que estão bancando campanhas publicitárias. Ademais, vale lembrar que muitas destas pessoas possuem uma vida normal quando as câmeras estão desligadas, elas têm trabalho fíxo, fazem faculdade, etc.

 Então você está dizendo que ninguém pode se denominar Digital Influencer, nem quando realmente é? Não, não é isto que eu estou dizendo, afinal de contas, cada um tem liberdade para se denominar daquilo que bem entender. O que eu estou questionando é até que ponto é saudável enxergar-se como uma pessoa influente? O quão grande seu ego está ficando por conta deste status que na maioria dos casos só traz prestígio no universo digital? Até que ponto é válido perpetuar a ideia de que é bacana influenciar as pessoas a adotarem comportamentos que você dita como "legal"? Isto não deveria caber somente a ela?

 Caso ainda não esteja claro, o que eu quero dizer com tudo isso é que precisamos parar de enxergar este título como um cargo profissional e, sobretudo, parar de colocar estas pessoas em um pedestal que simplesmente não existe. E sabe por que precisamos parar com estas atitudes? Porque ao reproduzi-las nós estamos nos colocando em uma posição de inferioridade que, em alguns casos, contribuem para uma baixa autoestima; além de estarmos contribuindo para o aumento do ego destas pessoas, que podem sofrer um impacto negativo ao perceberem o que este título realmente significa para elas.

 Sendo assim, acredito que é muito importante refletirmos sobre este tema com calma, não só aqueles que utilizam-se do título Digital Influencer, mas também nós, que os acompanhamos em suas redes sociais.
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